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CARIDOSO E ORGULHOSO – AS DUAS MÁSCARAS QUE CONFUNDEM OS CASAIS E ENDIVIDAM O AMOR.

Nos textos anteriores falamos como se inicia o processo de desligamento emocional nos casais. Este processo se dá quando a pessoa alimenta a incerteza dentro da relação em detrimento da dúvida. Ao fazer isso, a possessividade surge na relação amorosa trazendo dois elementos: o ciúme e a inveja. Estes dois elementos estabelecem um desequilíbrio constante na relação amorosa; um desequilíbrio que se inicia, principalmente, entre o que a pessoa é e o que ela precisa ser para atender a expectativa invejosa e ciumenta do outro.



O invejoso deseja pra si a vida do outro e o ciumento exige pra si o máximo do outro. Dessa maneira, a pessoa passa a cobrar do parceiro o que deveria ser espontâneo, transformando o que deveria ser voluntário em obrigação. Quando isso começa a acontecer, os casais passam a amar por caridade e por orgulho, fazendo do amor uma dívida, criando fora alguém que não existe dentro. O desequilíbrio na relação parte do estágio em que a pessoa cola a sua identidade em cima daquilo que o outro quer que ela seja para o incômodo da pessoa viver em eterna dívida com a sua própria identidade. Portanto, a pessoa passa a dever a si mesmo e ao outro com quem ela está se relacionando amorosamente. Esta situação elimina as condições para que o entusiasmo permaneça vivo o que provoca a sua substituição pela obrigação. Quando o entusiasmo se transforma em obrigação, a monotonia nasce. A relação passa a se resumir em contas a pagar. Contas que são resultados do desencontro da pessoa que realmente se é com a pessoa que o outro exige que ela seja. Desta maneira, a relação ganha um caridoso e um orgulhoso. O que se torna orgulhoso passa a pensar que amar é exigir, fazendo a aceitação das suas vontades ser uma condição para que o relacionamento tenha continuidade, pois possui a crença que para um relacionamento durar um tem que amar mais, sendo assim ele vai se aproveitando da insegurança do outro submetendo-o às suas necessidades e carências mais fúteis. O que se torna caridoso passa a pensar que amar é ceder, aceitando a negação da própria vontade como uma condição para o relacionamento ter continuidade, pois possui a crença que para um relacionamento durar alguém deve abdicar da sua felicidade em nome da felicidade do outro. É um erro clássico que vemos ser reproduzidos em muitos relacionamentos por aí. Acreditar que amar é ceder e/ou exigir transforma o amor em dívida. Os gestos se tornam caridosos nunca carinhosos. Os gestos se tornam orgulhosos nunca amorosos. A pessoa passa a mendigar o que é natural. A pessoa substitui o entusiasmo pela obrigação. Quando as pessoas pensam que não merecem o amor elas começam a cobrar. Perceba se em sua relação amorosa existe a máscara da caridade e a máscara do orgulho. Se existirem essas máscaras, fique sabendo que são elas que estão se relacionando não você e o seu parceiro.

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