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COMO SE INICIAM AS CRISES NOS RELACIONAMENTOS E A CRESCENTE VONTADE DE FICAR SOZINHO DAS PESSOAS

Qual é o ponto chave para a crise nas relações amorosas? Por que tantas pessoas estão preferindo ficar sozinhas? Aonde estamos errando na fórmula do amor? Qual o motivo de tanta intolerância e impaciência? Qual o motivo da indiferença e da raiva tomarem conta das relações como um todo?Afetividade é o equilíbrio entre o amor que você sente por alguém e o medo que você tem de perder este alguém. Este é o conceito que Freud deu para afeto.



Seguindo este conceito de Freud podemos pensar que para existir afeto por alguém é preciso que exista o medo de perder esta pessoa. E o que acontece nas relações amorosas que entram em crise é que durante o namoro um dos dois começa a ter um medo muito grande de perder o outro e sem saber lidar com este medo que só aumenta a pessoa começa a ficar “excessivamente afetiva” e o que isso significa? Significa que ela se torna bastante carente exigindo com frequência carinho e atenção do parceiro. Esta carência manifestada em demasia por quem começa a ter um medo muito grande de perder o outro no namoro faz com que o seu parceiro amoroso que está recebendo este excesso de atenção fique sem nenhum medo de perder o que consequentemente faz com que ele fique também sem a afetividade que passa a dar lugar pra indiferença. Então, a relação amorosa passa a ter um com muito medo de perder e por isso com muito afeto e outro sem medo de perder e por isso sem nenhum afeto. Sendo assim, o namoro começa a ter apenas um amando. Portanto, o ponto chave é o medo de perder. Quem for mais inábil pra lidar com este medo é aquele que vai ser o carente e que vai se tornar um mendigo de carinho e atenção dentro do relacionamento. Para não ser este mendigo de afeto, ou seja, aquele que vai amar sozinho na relação, o que as pessoas passaram a fazer? Passaram a adotar a indiferença para se defender da afetividade que envolve ter que lidar com o medo de perder. Então, a indiferença vem ganhando espaço e a afetividade está saindo de cena, o amor está indo embora e a intolerância dominando todos os nossos espaços. A inabilidade de lidar com o medo de perder faz com que as pessoas acreditem que só existem dois caminhos no amor; ou elas se torna aquele carente que fica pedindo carinho e atenção ou se torna o indiferente que age com egoísmo e ironia em relação à carência do outro. Saber lidar com o medo de perder exige uma maturidade emocional que as pessoas não estão sendo capazes de adquirir. Aprender a lidar com o medo de perder é pra quem conseguiu desenvolver habilidade afetiva. E habilidade afetiva é pra quem tem autoestima. E Autoestima é pra quem consegue conviver com as dúvidas e por isso possui juízo crítico sem se deixar alienar pelas formações hegemônicas e fascistas do imaginário social, ou seja, sem se entregar para algum modelo ou ideal trabalhado de uma maneira sempre circunstancial e vazia por nossa cultura. Enquanto as pessoas forem para o amor sem maturidade emocional ou seja sem habilidade afetiva a relação amorosa será entre indiferentes e carentes. O carente cheio de medo de perder e por isso repleto de afeto, acaba sufocando a afetividade do outro, que por sua vez se torna indiferente assumindo uma postura extremamente egoísta por ter perdido o medo de perder o outro. Sem esta habilidade afetiva que capacita o indivíduo a lidar com o medo de perder, as pessoas estão se complicando nas relações amorosas, fazendo escolhas terríveis que causam muita dor e sofrimento ou estão desistindo de amar por não querer ser nem o carente e nem o indiferente e pensam que só assim acontece o amor. E o amor é muito mais que essa guerra entre indiferentes e carentes que estão fazendo muitos que estão vivendo uma relação amorosa sofrerem e outros tantos nem quererem iniciar uma relação e por isso ficam sempre sozinhos.

O amor de qualidade exige habilidade afetiva, que é maturidade emocional e que é autoestima. Pois, adquirindo esta habilidade a pessoa consegue lidar com as raivas, com as frustrações, com as culpas e com os medos. Eles não serão mais fantasmas e nem objetos de jogos de convencimento e persuasão pra ver quem é que vai mandar no relacionamento, e sim parceiros para achar ideias em momentos de dúvidas e assim tornar o entusiasmo uma realidade madura e possível de ser vivenciada em seu cotidiano. É Isso que cria as possibilidades para que o amor seja o que ele deve ser; o lugar de encontro de duas pessoas capazes de fazer trocas existências e emocionais justas e com segurança, e por isso melhorarem cada vez mais como pessoas sem a necessidade de máscaras, modelos, ideais e jogos, apenas com a vontade ingenuamente corajosa de ser feliz. Cadastre-se para receber os artigos que vão mudar sua forma de ver e viver a vida!

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