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O OSCAR PRA QUEM É PROTAGONISTA DE SI MESMO É A FELICIDADE!

Marcela enviou um e-mail para o Desprograme-se pedindo uma orientação. A história dela é a seguinte:


"Bom dia, meu relacionamento com o Rodrigo é muito complicado, ficamos separados durante um ano nesse tempo ele engravidou uma mulher. Daí voltamos e ele mentiu dizendo que não era dele, quando a criança fez quatro meses ele registrou, a mãe dessa criança foi a porta da minha casa e disse que realmente era dele, perguntei então por que ele havia mentido ele respondeu que mentiu para não me perder. Continuamos juntos porém a mãe desta criança nunca nos deu paz ligava o tempo todo pra dizer que ele havia espirrado, ou que ele havia ralado o joelho, até que ele a engravidou de novo a criança ainda não nasceu mais abriu uma grande ferida dentro de mim. Há um certo tempo não sei mais amar, não sei dar carinho, acho que morreu algum sentimento dentro de mim. Quando olho pra ele hoje não sinto raiva sinto pena, e não o vejo mais como homem e sim como um amigo. Moramos juntos e essa situação está muito difícil pois já não me importo em fazer nada em casa, fazer uma comida, não me acho bonita me sinto um lixo. Nem coragem de sair na rua ou de ir ao supermercado não consigo pois estou com muita vergonha, sei que vão rir de mim ficar cochichando, isso me dói muito. Vou para o trabalho por que tenho que trabalhar e é o único lugar que esqueço de tudo isso. Por favor se puder me ajudar".

É bastante curiosa a teia criada por vocês três. Eu vou explicar essa teia que vocês criaram e assim você descobrirá as chaves pra sair disso.

Bom, ele vive com você uma teoria que ele pratica com outra pessoa. Não é difícil perceber que ele conversa com você para identificar seus desejos e os realiza com a outra. E você consente e aceita. Qual será o motivo dessa sua aceitação? Você mesma responde dizendo ter pena dele. Mas, não é verdade. Se você tivesse pena dele seria ótimo, pois, pelo menos, já teria se libertado dessa teia. Na verdade, você tem pena de si por não conseguir viver por si mesma, sem essa teia, nem é viver sem ele, é viver sem essa teia que vocês três criaram. Você sente pena de si por não conseguir parar de falar com ele o que você gostaria de viver, e com isso, criar e assistir a ele praticar isso com outra pessoa. Você virou uma roteirista do seu namorado e ele é o seu personagem principal. E o diretor do filme é a mulher que teve dois filhos dele, é ela quem dirige vocês dois. Você escreve com a boca, a partir do que você fala que quer e do que você fala que não quer. E esse é o script dele, que como um bom personagem, decora tudo certinho e vai interpretar com ela. Eles são os intérpretes do que você nega a si, do medo que você tem de viver. Eles vivem exatamente o que você tanto esconde de você. Marcela, você passou uma vida inteira nos bastidores, imaginando para quem não sabe imaginar, e eles vivendo pra você que não sabia viver. Uma parceria perfeita se vocês estivessem fazendo cinema. Mas, não é o caso, é a vida de vocês! E o ofício da vida é viver! Eles estão vivendo, mesmo que seja o que você está imaginando, mas eles estão vivendo, e você? Cadê a sua vida? Até quando você vai criar historias pra eles viverem? Qual será o dia que você vai assumir algum desejo seu e ir atrás pra realizá-lo? Você passou muitos anos escrevendo histórias pra eles viverem, é ótima roteirista! Mas, na vida real é preciso ser protagonista. Aceite, a história chegou no final. Acabou! Não precisa se culpar, não há motivo pra isso. Se perdoe! A tristeza e desânimo revelam que você não tem mais ideias para alimentar essa história deles. É hora de você vir para o palco. É hora de você se assumir, ser a protagonista de si mesma. Vem, Marcela, não tenha medo! Libere seus personagens para viverem a vida deles. Pare de querer prender os personagens. A pena que você carrega de si é o que prende eles a você e consequentemente você a eles. Pense, eles não vão te largar, eles são seus personagens. É você que precisa liberar eles. Um excelente escritor ama seus personagens mas os libera depois de criar e contar a historia deles. chega! É hora de criar historias pra si mesma. Você é boa, é muito criativa! É assim que você vai liberar eles e se libertar. É vivendo de verdade. É hora de viver! Pense que você ensaiou durante muitos anos a sua própria vida sendo a criadora da vida deles, agora é hora de encerrar o roteiro, não vai sair mais livros e filmes daí. Não faça da sua vida uma série interminável no estilo de "sexta-feira 13" Pare de ser o Jason de si mesma. Ou você vai esperar ele ter o terceiro filho com ela? Largue a caneta, e vem pro palco. Chegou a hora da sua estreia na sua própria vida. A excelente roteirista será agora uma protagonista de si mesma. O primeiro papel que você terá não será um digno de Fernanda Montenegro ou Meryl Streep, até porque elas caminharam bastante pra chegar a ser o que elas são. Portanto, você terá que caminhar também, a primeira personagem que você será de si mesma, vai ser algo bem simples e pobre perto de sua fantástica imaginação. Mas, é só você estrear a si mesma que descobrirá os atalhos facilmente, pois é muito imaginativa e passou muito tempo ensaiando a vida em sua mente e com a vida dos dois. Vá minha querida, estreie logo e faça a caminhada até o prêmio máximo que é o oscar de si mesma. Tem muita gente torcendo por você, inclusive eu, estamos todos querendo aplaudir essa roteirista, mas uma condição pra esses aplausos é você ser protagonista. Na vida real só os protagonistas de si mesmo são aplaudidos, e por isso recebem o oscar da vida real que é a felicidade. Libere os dois e se liberte para a vida e para esse prêmio, ele está te esperando.

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